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Pesquisa mostra que faltam não só médicos, mas dentistas e enfermeiros

Reportagem do jornal Folha de São Paulo publicada neste domingo, 1, revela pesquisa  da Assistência Médico Sanitária do IBGE que na saúde pública brasileira não faltam somente médicos, mas também dentistas e enfermeiros.

A pesquisa Demografia Médica no Brasil mostra que a concentração de médicos nos grandes centros acompanha também a de outros profissionais de saúde, como dentistas e enfermeiros.

"Além da falta desses profissionais, eles estão mal distribuídos. [Com o Mais Médicos], o governo alude em relação ao problema e responde com ilusão", afirma Jairnilson Silva Paim, professor titular de políticas de saúde da UFBA (Universidade Federal da Bahia).

Para ele, o debate, que deveria ser em torno de "mais saúde", passa necessariamente por mais financiamento, mas acabou sendo reduzido a "mais médicos".

O Brasil nunca resolveu o impasse do custeio do SUS. Em 2011, o Senado aprovou a regulamentação da Emenda 29, que determina os gastos com saúde nos três níveis de governo, mas a bancada governista evitou que o texto final obrigasse a União a investir 10% de sua receita na área.

Na avaliação de especialistas em saúde pública, medidas focadas só na fixação de médicos nos rincões do país tendem ao fracasso.

"É um equívoco considerar isoladamente a presença de médicos, sem atacar as raízes das desigualdades", afirma Mario Scheffer, professor de saúde preventiva da USP e coordenador da pesquisa Demografia Médica no Brasil.

"O médico nunca trabalha sozinho, precisa de uma equipe, de condições objetivas para uma carreira de trabalho, de salário digno e de condições para exercer a profissão. É impossível achar que um médico sozinho vai dar conta do recado", diz Paim.

Leia a reportagem publicada na Folha de São Paulo clicando aqui.

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