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A Comissão CRO-RN Mulher realizou o CRO-RN Lilás com palestras de psicóloga e de delegada

A Comissão CRO-RN Mulher realizou o CRO-RN Lilás com palestras de psicóloga e de delegada
CRO-RN Lilás, uma realização da Comissão CRO-RN Mulher presidida pela conselheira Dra. Juliana Lemos

A Comissão CRO-RN Mulher realizou o CRO-RN Lilás – Da Conscientização à Ação -, na última quinta-feira, 14, que começou às 14h e foi até às 17 horas, com as palestras da psicóloga Maria Eugênia de Souza Soares e a delegada Sheila Freitas.  

A campanha "Agosto Lilás" surgiu com o objetivo de divulgar a Lei Maria da Penha, um marco no enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil. A lei estabelece mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, bem como cria serviços especializados para o atendimento e proteção das vítimas.]

Segundo o Atlas da Violência 2025, o feminicídio continua sendo um problema grave, com o país registrando uma média de 10 mulheres mortas por dia. Além do feminicídio, as agressões às mulheres acontecem e muitas delas têm medo de denunciar seus agressores, geralmente maridos e namorados.

Antes mesmo de acontecer a agressão a Juliana, no dia 26 de julho, num elevador de um prédio no bairro de Ponta Negra, em Natal, a Comissão CRO-RN Mulher já havia marcado para o dia 14 de agosto o evento CRO-RN Lilás, na campanha do Agosto Lilás.

O evento foi realizado no auditório do Conselho e foi aberto pela presidente do CRO-RN, Dra. Jane Nóbrega, e pela presidente da Comissão CRO-RN Mulher, Dra. Juliana Lemos, conselheira, que homenageou a prima, a psicóloga Daniela Bezerra Rodrigues, 50 anos, que morreu na quarta-feira, dia 13, de problemas cardiorrespiratórios.

Militante dos direitos humanos e pesquisadora do sistema socioeducativo no Rio Grande do Norte, a psicóloga nos últimos meses vinha enfrentando complicações de saúde devido a problemas no funcionamento da medula.

Emocionada, a conselheira do CRO-RN falou da prima e sua relação com ela, dedicando o evento a Daniela.

“Eu queria dedicar a tarde de hoje, este evento, a uma pessoa muito importante na luta dos direitos humanos e uma grande referência no RN inteiro, que se chama Daniela Rodrigues”, disse.

Segundo Juliana, a prima foi um grande nome nessa luta pelos direitos humanos e pela dignidade, especialmente da infância e juventude.

“Daniela também é uma grande referência na minha formação política e profissional, na minha visão mais ampla de mundo”, destacou a cirurgiã-dentista e conselheira.  

“Este evento está acontecendo com muitos dedos dela, então eu não queria pedir um minuto de silêncio, porque Dani não era silêncio, Dani enchia todos os espaços que ela frequentava, então eu queria pedir, antes de começar minha fala, uma salva de palmas”, ressaltou.

Após uma salva de palmas da plateia, a doutora Juliana comentou que aceitou o convite da presidente do CRO-RN para presidir a Comissão CRO-RN Mulher, mas achou a missão difícil, porém destacou “que é muito do que a gente vive”.

Para a conselheira, se a missão é difícil, “é fácil está a frente de uma comissão que tem tanta gente envolvida fazendo tudo isso acontecer”.

 A Dra. Jane Nóbrega, na abertura do evento, disse que era uma satisfação para o conselho está recebendo as mulheres da odontologia e de outras categorias profissionais, bem como agradeceu as palestrantes pela participação no CRO-RN Lilás.

Segundo a doutora Jane, a comissão foi criada para oferecer suporte  emocional, social e profissionais às mulheres da odontologia, realizando continuamente encontros presenciais, oficinas e ações temáticas, como educação financeira, empreendedorismo, liderança e comunicação assertiva.

A Comissão do CRO-RN também pretende promover periodicamente a educação continuada nas áreas de política de proteção à mulher, saúde da mulher, maternidade, autocuidado, equilíbrio emocional, assistência social e demais direitos e garantias fundamentais.

A primeira palestra da tarde foi sob o tema “Escutar, acolher, proteger: Desafios no cuidado com mulheres em situação de violência”. A palestrante foi a psicóloga Maria Eugênia de Souza Soares, que tem experiências nas áreas clínica e jurídica, com foco em mulheres.

A psicóloga tem especialização em Direitos Humanos, atua como professora universitária e c consultora. Ela destacou a importância do acolhimento às vítimas da violência, da proteção que dever ser dada a essas mulheres que conseguem se livrar dos seus agressores.

A delegada Sheila Freitas, secretária Municipal da Mulher de Extremoz, delegada aposentada da Polícia Civil do RN, ex-secretária de Segurança Pública do RN e ex-secretária de Segurança de Natal, abordou a “Violência contra a mulher: como denunciar?”

Com larga experiência na atuação da segurança pública, a Dra. Sheila discorreu sobre a Lei Maria da Penha, que foi sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A lei tem 46 artigos distribuídos em sete títulos e cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher em conformidade com a Constituição Federal (art. 226, § 8°) e os tratados internacionais ratificados pelo Estado brasileiro.

Na lei estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial 

Para conhecer a vida de Maria da Penha, a farmacêutica cearense que foi vítima de violência praticada pelo seu marido, acesse o link abaixo do Instituto que leva o seu nome:

Clique aqui para conhecer mais sobre Maria da Penha!

DENUNCIE

A Central de Atendimento à Mulher –

Ligue 180, que é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra as mulheres.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

O ministério das Mulheres em seu site informa que o Ligue 180 presta os seguintes atendimentos:

  • orientação sobre leis, direitos das mulheres e serviços da rede de atendimento (Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.;
  • informações sobre a localidade dos serviços especializados da rede de atendimento;
  • registro e encaminhamento de denúncias aos órgãos competentes;
  • registro de reclamações e elogios sobre os atendimentos prestados pelos serviços da rede de atendimento.

O Ligue 180 pode ser acionado de qualquer parte do Brasil.

Pelo Whatsapp, o número é (61) 99510-0180.

Em casos de emergência, a Polícia Militar deve ser acionada pelo 190.

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