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Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil: a importância do Cirurgião-Dentista no tratamento de crianças com câncer

Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil: a importância do Cirurgião-Dentista no tratamento de crianças com câncer

Neste 15 de fevereiro, Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, o Sistema Conselhos de Odontologia reforça a importância do Cirurgião-Dentista Odontopediatra no cuidado preventivo e curativo da saúde bucal de crianças com câncer. A Odontologia é capaz de evitar uma série de sequelas bucais ocasionadas pelo tratamento à doença, a exemplo de distúrbios no crescimento facial, erupção dentária tardia, malformação radicular, além de reduzir os efeitos colaterais agudos como a mucosite, xerostomia, entre outras.

A incidência total de tumores malignos na infância é maior nos três primeiros anos de vida e em crianças do sexo masculino. Apesar do câncer representar a primeira causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, no Brasil, nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

O artigo científico “Odontologia aplicada ao câncer infantil – manifestações clínicas e protocolos de atendimento” revela, ainda, que nos casos de pacientes oncológicos pediátricos, o ideal é que sejam examinados para o Cirurgião-Dentista assim que a sua doença for diagnosticada, para que o tratamento odontológico seja feito antes do tratamento oncológico. Esse trabalho também impacta sobre os efeitos secundários do tratamento anticâncer, decorrentes de quimioterapia ou da radioterapia localizada na região de cabeça e pescoço, como: inflamações na boca, faringe, laringe, esôfago e outras áreas relacionadas (mucosite), perda do paladar, diminuição do fluxo salivar (xerostomia), perda progressiva do ligamento periodontal, necrose de tecidos moles, cárie dental, alterações microvasculares e osteoradionecrose, entre outros.

Segundo a Doutora e Mestre em Ciências Odontológicas, a Cirurgiã-Dentista Letícia Mello Benzinelli, as orientações e os cuidados com a saúde bucal da criança oncológica precisam estar voltados tanto para o paciente, quanto para a família, devido à situação delicada que envolve todos. “Nesse período, a criança fica mais suscetível a desenvolver lesões de cárie, devido a alterações salivares provocadas pelo tratamento e, muitas vezes, pelo estágio de erupção que os dentes se encontram, por isso, por isso a necessidade de o Cirurgião-Dentista estar junto para explicar a higienização adequada, desde a etapa educativa junto aos pais, até o controle dos efeitos colaterais diretos gerados pela terapia que o paciente será submetido para o tratamento do câncer”, esclareceu.

A Cirurgiã-Dentista destaca, ainda, que, durante o tratamento oncológico, a criança também acaba ficando mais suscetível a desenvolver infecção, não consegue se alimentar e pode ficar desnutrida, fatores que intensificam a necessidade de conciliação do tratamento odontológico ao processo de forma integral. “O Cirurgião-Dentista consegue diminuir ou até mesmo evitar determinadas doenças por meio de tratamentos bem consolidados como laser terapia de baixa intensidade para a mucosite, por exemplo. Para isso, é necessário realizar uma avaliação inicial para definir o melhor protocolo de atendimento odontológico a ser adotado, a depender do tratamento que a criança será exposta”.

Para o Doutor em Odontopediatria e Tesoureiro do CFO, Luiz Evaristo Volpato, a orientação adequada sobre a higiene bucal a esse grupo de pacientes não pode ser negligenciada. “É de fundamental importância o preparo bucal da criança, com eliminação de focos infecciosos e orientações à criança e aos pais sobre uma dieta menos cariogênica, bem como sobre as formas de higienização oral que podem reduzir o índice de complicações. Todos esses cuidados são capazes de influenciar nas condições sistêmicas e na qualidade de vida dessas crianças”, completou.

Por Michelle Calazans e Camila Melo, Ascom CFO.
 

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