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Mau hálito é um problema de saúde pública no Brasil

Mau hálito é um problema de saúde pública no Brasil
A cirurgiã-dentista Maria Cecília é vice-presidente da Associação Brasileira de Halitose

Nesta segunda-feira, 22 de setembro, no Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito, Associação Brasileira de Halitose (ABHA) alerta sobre as causas da halitose, que hoje atinge cerca de 60 milhões de brasileiros, o que representa 30% da população do país.

Para a ABHA, esse número alarmante representa um problema de saúde pública no Brasil e pode causar problemas sócio-emocionais, depressão e dificuldade nas relações interpessoais, além de poder estar associada a algum problema de saúde, o que requer a participação de outros profissionais para o seu tratamento.

Diante deste quadro preocupante, a cirurgiã-dentista Maria Cecília Aguiar, vice-presidente da ABHA, explica que a entidade instituiu o dia 22 de setembro como o Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito como forma de chamar a atenção da população sobre o problema que atinge milhões de brasileiros.

“Apesar de não ser uma doença, a halitose pode indicar que há algo errado no organismo e deve ser identificado por meio de um correto diagnóstico e tratado adequadamente quando o problema torna-se crônico”, diz a cirurgiã-dentista.

Segundo Maria Cecilia, o mau hálito pode estar associado a mais de 60 tipos de causas distintas, como jejum prolongado, hábitos de alimentação inadequados, alterações no padrão salivar, sinusites, fumo, uso de drogas e ingestão de bebidas alcoólicas, entre outros.

A cirurgiã-dentista chama a atenção para um aspecto que precisa ser desmistificado em relação ao mau-hálito.

 “É comum relacionar problemas no estômago como o principal responsável pelo hálito alterado. Na verdade, trata-se de uma crença com pouca evidência científica ou clínica”, afirma a vice-presidente da ABHA.

Sobre o tratamento da halitose, Maria Cecília explica que ele pode ser multidisciplinar, envolvendo outras áreas da saúde, como Psicologia, Otorrinolaringologia, Gastroenterologia, Nutrição e Endocrinologia, entre outras.

Mas como cerca de 90% dos casos de halitose são de origem bucal, o dentista deve ser o primeiro profissional a ser consultado para diagnosticar e depois indicar o melhor tratamento para o mau hálito.

Segundo a vice-presidente da ABHA, a sua entidade ministra cursos que qualificam os dentistas para tratar os casos de halitose. “Como a halitose pode ser indicativo de várias doenças, caso seja necessário, o dentista capacitado poderá indicar ao paciente as outras especialidades para realizar o tratamento de forma conjunta”, explica Maria Cecília.

O alerta da ABHA sobre a halitose começa neste Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito e se estende até o dia 25 de outubro, quando se comemora o Dia do Dentista.

Segundo a cirurgiã-dentista Maria Cecília, no Dia do Dentista, a ABHA participa da data promovendo esclarecimento à população sobre o mau hálito, suas causas  e o seu tratamento, com os seus associados tirando as dúvidas e esclarecendo sobre os mitos que ainda existem em relação à halitose.

“Devemos ressaltar que o mau hálito deve ser investigado o mais rápido possível e que o controle e o tratamento são viáveis quando realizados por um profissional capacitado”, destaca a vice-presidente da ABHA.

CONHEÇA A ABHA

A entidade foi fundada em 31 de outubro de 1998 como Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO), durante o X Congresso Internacional de Odontologia da Bahia.

Depois, em 22 de janeiro de 2009, foi aprovada a mudança do nome da entidade para Associação Brasileira de Halitose, mas sem alterar os propósitos e a missão da entidade, que tem 60 associados em todo o país.

Segundo a vice-presidente da ABHA, a entidade é hoje a principal referência quando se fala em halitose no Brasil, “graças ao desempenho dos seus diretores e membros que trazem em cada ato a seriedade e, acima de tudo, o compromisso com a classe odontológica e a população”.

A doutora Maria Cecília destaca que a instituição já quebrou alguns paradigmas, derrubou mitos e enfrentou muitas barreiras, como a batalha para alertar a população contra o uso indevido de produtos que não possuem registro junto à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“A nossa luta será sempre constante a fim de desenvolver, incentivar e aprimorar estudos e pesquisas na área de halitose, contribuindo para o crescimento técnico e científico dos profissionais de odontologia que são capacitados para tratar do mau hálito”, ressalta a vice-presidente da ABHA.

A associação incentiva programas de prevenção e orientação de higiene bucal, assim como campanhas e outras ações de caráter informativo, como ações de utilidade pública, gratuitas, visando orientar e esclarecer tanto a população quanto a profissionais de odontologia sobre a halitose, suas causas, consequências, medidas preventivas, tratamentos e demais aspectos relacionados a ela.

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